Ontem, cometi um erro vendo TV. Assisti ao infame TOP TOP da MTV, com mais uma lista de bizarrices do mundo pop apresentadas por Marina Person e Leo Madeira. Eu tinha desistido de assistir depois que eles anunciaram uma vez uma banda japonesa muito estranha pra tirar sarro. Mas não disseram o nome e a tal banda era chinesa. Dava pra perceber, porque foneticamente são línguas muito diferentes. Por alto, vale lembrar que o japonês não usa "L" e o chinês usa bastante e é bem anasalado. Mas, oras, pra eles olho puxado é tudo igual...
Bom, voltando ao programa que vi ontem em questão: A lista mostrada era de figuras emblemáticas dos anos 80. Confesso que lista em si era divertida, com Cindy Lauper, Frankie Goes To Hollywood, Duran Duran e outros, mas chato foi ver o Metrô com um tratamento de muita má vontade. A carreira não se limitou só a "Beat Acelerado" (teve "Tudo pode mudar", "Ti Ti Ti", "Johnny Love"...) e a má vontade em pesquisar sobre a banda era evidente. Na hora de citar outro ícone dos anos 80, o Leo Jaime, a apresentadora disse que o Leo não era só cantor e compositor, era também ator, escritor, colunista, etc, etc... A cara de deboche dela mostrou o que ela devia estar pensando ("Grande coisa, eu sou melhor que ele.").
E o gran finale foi eleger o Band Aid (o projeto de música beneficente inglesa, não o curativo) o símbolo máximo do que a década de 80 produziu de mais ridículo. Ok, eles destacaram que a escolha foi porque o evento ocasionou a maior reunião de cabelos e roupas esquisitas daquela época (e foi mesmo). Mas também disseram que a música (criada para angariar fundos para os famintos da África e inspirou o We Are The World) despertou os sentimentos mais bregas e piegas do mundo. Olha, ainda bem que meu senso de humor não me permite rir de iniciativas que buscam ajudar crianças que morrem de fome. Ah, também não citaram que a música em si era a "Do they know it´s Christmas?".
Bom, voltando ao programa que vi ontem em questão: A lista mostrada era de figuras emblemáticas dos anos 80. Confesso que lista em si era divertida, com Cindy Lauper, Frankie Goes To Hollywood, Duran Duran e outros, mas chato foi ver o Metrô com um tratamento de muita má vontade. A carreira não se limitou só a "Beat Acelerado" (teve "Tudo pode mudar", "Ti Ti Ti", "Johnny Love"...) e a má vontade em pesquisar sobre a banda era evidente. Na hora de citar outro ícone dos anos 80, o Leo Jaime, a apresentadora disse que o Leo não era só cantor e compositor, era também ator, escritor, colunista, etc, etc... A cara de deboche dela mostrou o que ela devia estar pensando ("Grande coisa, eu sou melhor que ele.").
E o gran finale foi eleger o Band Aid (o projeto de música beneficente inglesa, não o curativo) o símbolo máximo do que a década de 80 produziu de mais ridículo. Ok, eles destacaram que a escolha foi porque o evento ocasionou a maior reunião de cabelos e roupas esquisitas daquela época (e foi mesmo). Mas também disseram que a música (criada para angariar fundos para os famintos da África e inspirou o We Are The World) despertou os sentimentos mais bregas e piegas do mundo. Olha, ainda bem que meu senso de humor não me permite rir de iniciativas que buscam ajudar crianças que morrem de fome. Ah, também não citaram que a música em si era a "Do they know it´s Christmas?".
Enfim, a culpa foi minha por ter dado outra chance para aquele programa, que tem uma premissa legal, mas que é executado de modo irritante. Obviamente, os apresentadores estão interpretando personagens quando estão no TOP TOP. Mas são personagens insuportavelmente idiotas.
*****
Em outra ocasião, citaram o Roupa Nova como o maior "cachorro morto" da música brasileira porque lá, até o baterista canta. Bem, tomando esse argumento tosco, o que dizer do Genesis com Phil Collins e dos Monkees com Mickey Dolenz, só pra citar dois bateristas com vozes fantásticas? Ah, e o batera Ringo Starr cantou alguns dos maiores clássicos dos Beatles, como "Yellow Submarine" e "With a little help from my friends". Genesis, Monkees e Beatles também foram bandas "cachorro morto" por deixarem até o baterista cantar? Em boca fechada não entra mosca, mas a dupla de apresentadores não deve achar que precisam pesquisar ou pensar antes de falar, afinal estão na TV, são descolados...
*****
Assisti também o Furo MTV, com notícias gerais comentadas com ironia e cinismo. Divertido, inteligente e politicamente incorreto. Dá pra fazer isso sem ser um mala que se acha o máximo.
*****
Zapeando mais um pouco, vi uma apresentação de Supla e seu mano João Suplicy, o Band of Brothers, no Programa Novo, da TV Cultura. Som bacana, divertido e com uma pegada interessante, explorando só violão e bateria. Vou dar uma conferida. Aliás, eu gostava muito da banda Tokyo, que marcou a estréia do Supla lá nos anos 80. Tanto que escrevi sobre eles no Omelete. Leia aqui.