
CHEGANDO EM FORTALEZA
No dia 16 de julho, às 16h10, embarquei num voo da Gol que ia direto para Fortaleza, saindo de Guarulhos. O lanche que eles servem no avião ainda é aquela amostra grátis de amendoim com suco ou refrigerante. Mas pelo menos, agora eles oferecem a opção de lanches pagos. (Devia ser de graça, mas enfim...)
Chegando em Fortaleza, senti a diferença de clima, com um calor bem agradável. A organizadora Aline Hollanda e a convidada Erica Awano foram me pegar no aeroporto. De lá, fomos direto a um restaurante encontrar alguns organizadores e a cantora Kanako Ito, seu empresário Shingo Minamino e o repórter Toru Fujimoto, que também vieram acompanhar o SANA. Feitas as apresentações, pedimos a janta. Na hora de pedir as bebidas, o pessoal da organização começou a pedir "biiru", que é como os japoneses falam "cerveja" (do inglês "beer"). Ao que a Kanako perguntou ao empresário se aqui no Brasil também se falava cerveja igual ao Japão. Em meu japonês meio básico, expliquei como dizemos por aqui, o que soou inicialmente como "cerubeedja". E rapidamente desenhei numa folha a caricatura de todos na mesa. Ainda bem que eu tinha bebido pouco...
Depois, foram levando os convidados aos hotéis. Acabei ficando num hotel diferente, o luxuoso Costa do Mar, um 4 estrelas realmente belíssimo. A programação do dia seguinte seria intensa, começando logo de manhã com uma entrevista num canal de TV local.
Logo de manhã, a Aline me pegou no hotel e fomos encontrar a Erica e a Kanako. A Petra Leão havia chegado de madrugada e estava dormindo um pouco no hotel. Nossa primeira parada foi no canal de TV local O Povo, para uma entrevista. Nomes japoneses não são fáceis para quem não está acostumado e a apresentadora mandou assim: "Estamos aqui com Erica Avano, Alexandre Nagako e Kanako Ito." Felizmente ela percebeu e regravou depois, mas a gente deve ter feito umas caras engraçadas quando fomos apresentados. Eu queria rir, mas fiz a habitual cara séria. A entrevista foi rápida e terminou com a Kanako Ito cantando acapella um trecho de uma de suas músicas. Sua potência vocal impressionou a todos. Ela realmente é uma cantora de anime songs à moda antiga, apesar de jovem.
De lá, fomos almoçar e seguimos para o evento, que estava lotando o Centro de Convenções de Fortaleza. Stands de produtos, workshops, mostras de animê e tokusatsu, cosplayers por todo lado. O leque de atrações era variado e o público estava bastante animado. Às 14h00, começou uma mesa-redonda no auditório, com a Erica, Petra e eu. O começo foi meio tumultuado, pois muitos lá estavam só esperando o desfile de cosplay que aconteceria depois e faziam algazarra. A Erica pegou o microfone e colocou ordem no auditório depois que um cara gritou que estava com pressa. "Se está com pressa, a porta está ali!" A galera aplaudiu e, depois que os baderneiros saíram, mais de uma centena de pessoas ficou lá e o papo rolou bem descontraído.
Falamos sobre nossas carreiras e demos dicas sobre postura profissional, dificuldades que temos que encarar e como ser um profissional de criação de verdade, do tipo que trabalha sem se importar com inspiração e tendo que cumprir prazos rigorosos. Falamos sobre humildade e determinação, atitudes essenciais para se progredir na carreira artística (e na vida em geral).
Falamos sobre nossas carreiras e demos dicas sobre postura profissional, dificuldades que temos que encarar e como ser um profissional de criação de verdade, do tipo que trabalha sem se importar com inspiração e tendo que cumprir prazos rigorosos. Falamos sobre humildade e determinação, atitudes essenciais para se progredir na carreira artística (e na vida em geral).
De tarde, encontramos os cantores japoneses Hironobu Kageyama, Masaki Endo e Hiroshi Kitadani, do JAM Project Com eles, meu velho amigo Ricardo Cruz (o único brasileiro do JAM) e também outro velho colega, o jornalista Renato Siqueira (também de SP), que estava como organizador do show. É desnecessário dizer como é legal ver esse povo cantar ao vivo. O acompanhamento, nos primeiros dois dias, era de karaokê, mas as poderosas vozes empolgaram o público. Kageyama abriu o show com Cha-la Head Cha-la, seu grande hit de Dragon Ball Z. Um a um, os astros fizeram suas performances, com o Ricardo apresentando os colegas. Ao final, Soldier Dream
(de Cavaleiros do Zodíaco) contou com a participação de todos e emocionou a platéia.
No final, fomos jantar todos juntos. Fomos a um restaurante na beira da praia, com um belo cardápio de carnes e frutos do mar. Também fomos apresentados a uma importante jovem senhora que se encantou com os cantores japoneses (pra dizer o mínimo e ser educado...). A nós, se juntaram os dubladores Ricardo Juarez (o Johnny Bravo) e José Leonardo (o Bob Sauro), que haviam chegado do Rio de Janeiro. O Ricardo eu havia conhecido num evento do Cartoon Network anos atrás. E o José Leonardo, logo de cara, demonstrou ser muito legal e também conversamos bastante.
Esgotado, fui para um outro hotel que haviam reservado para mim, o Holiday Inn, o mesmo em que estava o cônsul do Japão, o sr. Akira Suzuki, que foi ao SANA para palestrar também. Já era tarde e acabei perdendo a entrevista gravada cedo, que foi ao ar às 23h00. Dormi feito pedra. No dia seguinte de manhã, estava agendada uma visita à praia. Que vida dura!
Esgotado, fui para um outro hotel que haviam reservado para mim, o Holiday Inn, o mesmo em que estava o cônsul do Japão, o sr. Akira Suzuki, que foi ao SANA para palestrar também. Já era tarde e acabei perdendo a entrevista gravada cedo, que foi ao ar às 23h00. Dormi feito pedra. No dia seguinte de manhã, estava agendada uma visita à praia. Que vida dura!