quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Eiji Tsuburaya - O Mestre do Tokusatsu
Marcadores:
Cultura Pop Japonesa,
Tokusatsu
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Desenhando Quadrinhos - Um livro essencial
![]() |
Desenhando Quadrinhos: Obra essencial para entender o que faz uma boa HQ. |
Seu livro seguinte, Reinventando os Quadrinhos (2000), complementava o anterior e abria espaço para uma série de especulações e palpites pessoais sobre os rumos da nona arte num mundo cada vez mais digital. Entre erros e acertos sobre os rumos dos webcomics, McCloud mostrou que, acima de tudo, entende a linguagem da arte sequencial como poucos. E eis que, depois de tanta teoria, ele resolveu que era a hora de ensinar como é que se faz uma boa HQ.
Parece pretensioso, mas ele cumpre a tarefa com uma clareza desconcertante em Desenhando Quadrinhos, lançado pela M.Books em 2007 e reeditado em 2012. A empresa já havia editado as obras anteriores de McCloud no Brasil em 1995 e 2005, respectivamente.
Sem querer impor fórmulas ou modelos prontos para serem apenas copiados, McCloud estimula o leitor-aluno a pensar nas possibilidades inerentes ao uso combinado das palavras e das imagens. Dando espaço para o desenvolvimento do aluno na arte realista, estilizada ou mesmo no estilo mangá, o livro aborda a criação de personagens, cenários, roteiros e narrativa, culminando na arte-final e até letreiramento. Inconformado com as limitações do papel, McCloud criou complementos no “Capítulo 5 ½” em seu site oficial, ainda sem versão em português.
Aos fãs de mangá, McCloud dedica especial atenção, demonstrando ser um grande entusiasta dos quadrinhos japoneses. Ele exemplifica como a narrativa de mangás de ação (especialmente os shonen - para meninos) jogam o leitor dentro da ação. Em contrapartida, o mangá shojo (para meninas), ao usar narrativa e recursos gráficos para enfatizar aspectos emocionais, jogaria a leitora dentro da cabeça dos personagens.
Mesmo sem ser um grande ilustrador, ele demonstra na prática lições valiosas sobre profundidade visual, diversidade de tipos e expressividade nos desenhos. Tudo com muita abrangência, ponderação e bom humor, características que tornam a obra uma leitura divertida e informativa ao mesmo tempo.
Já no final do livro, as diversas possibilidades de se trabalhar com quadrinhos são analisadas com uma visão clara, realista e honesta. Mas convém destacar que McCloud se refere ao mercado estadunidense, e que a realidade do mercado de trabalho para HQ no Brasil está anos-luz atrás. Em outra parte, o autor explica detalhadamente as características, prós e contras de vários materiais de desenho. Nem todos os materiais são acessíveis da mesma forma aqui e existem outras opções e nomenclaturas em nosso mercado. Mas não é nada que uma visita a algumas boas lojas não resolva.
Aos fãs de mangá, McCloud dedica especial atenção, demonstrando ser um grande entusiasta dos quadrinhos japoneses. Ele exemplifica como a narrativa de mangás de ação (especialmente os shonen - para meninos) jogam o leitor dentro da ação. Em contrapartida, o mangá shojo (para meninas), ao usar narrativa e recursos gráficos para enfatizar aspectos emocionais, jogaria a leitora dentro da cabeça dos personagens.
![]() |
Trecho do capítulo sobre mangá, onde o autor demonstra muita familiaridade com o assunto. |
Mesmo sem ser um grande ilustrador, ele demonstra na prática lições valiosas sobre profundidade visual, diversidade de tipos e expressividade nos desenhos. Tudo com muita abrangência, ponderação e bom humor, características que tornam a obra uma leitura divertida e informativa ao mesmo tempo.
![]() |
A importância de um bom cenário. Mais didático, impossível. |
Já no final do livro, as diversas possibilidades de se trabalhar com quadrinhos são analisadas com uma visão clara, realista e honesta. Mas convém destacar que McCloud se refere ao mercado estadunidense, e que a realidade do mercado de trabalho para HQ no Brasil está anos-luz atrás. Em outra parte, o autor explica detalhadamente as características, prós e contras de vários materiais de desenho. Nem todos os materiais são acessíveis da mesma forma aqui e existem outras opções e nomenclaturas em nosso mercado. Mas não é nada que uma visita a algumas boas lojas não resolva.
Em Desenhando Quadrinhos, as notas explicativas que já estavam grandes em Reinventando os Quadrinhos aumentaram tanto de tamanho que se transformaram em capítulos de texto, com diversas informações complementares. O recurso talvez trunque um pouco a fluência da leitura mas, sem dúvida, isso acrescentou mais nuances e enriqueceu o conteúdo da obra.
Mais do que nunca, McCloud não quer apenas divertir o leitor, e sim dar a melhor aula que poderia e há longas divagações teóricas, onde nunca se diz nada à toa. Como ele mesmo cita no livro, é preciso deixar que as palavras também cumpram sua função. Com numerosos exemplos e exercícios práticos, nunca um livro foi tão abrangente em sua proposta de ensinar como fazer histórias em quadrinhos.
Desenhando Quadrinhos tem 264 páginas, formato 17 x 25 cm e já está à venda em livrarias e lojas especializadas.
-- Compre aqui.
Mais do que nunca, McCloud não quer apenas divertir o leitor, e sim dar a melhor aula que poderia e há longas divagações teóricas, onde nunca se diz nada à toa. Como ele mesmo cita no livro, é preciso deixar que as palavras também cumpram sua função. Com numerosos exemplos e exercícios práticos, nunca um livro foi tão abrangente em sua proposta de ensinar como fazer histórias em quadrinhos.
Desenhando Quadrinhos tem 264 páginas, formato 17 x 25 cm e já está à venda em livrarias e lojas especializadas.
-- Compre aqui.
(Texto adaptado e ampliado a partir uma resenha escrita por mim para o site Bigorna.net, atualmente inativo.)
Marcadores:
Dicas para desenhistas,
Quadrinhos,
Resenhas
domingo, 18 de agosto de 2013
A Bossa Nova e o Japão
Música brasileira com sotaque japonês em uma seleção musical imperdível!
![]() |
Lisa Ono, brasileira que construiu sólida carreira no Japão divulgando a Bossa Nova |
Marcadores:
Cultura Japonesa,
Geral,
Música
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Financiamento coletivo de quadrinhos - Uma alternativa de mercado
![]() |
A volta dos Combo Rangers, via crowdfunding: personagens conhecidos, autor consagrado e editora veterana (a JBC). Com tudo isso, chamaram os fãs para financiar o projeto e conseguiram sucesso. |
Através de cotas de valores diferenciados, qualquer um pode doar dinheiro para algum projeto (geralmente da área cultural), sendo recompensado proporcionalmente com brindes e presente variados. Com o apoio de sites como o Catarse.me ou o Kickstarter.com, vários escritores, jornalistas, músicos, atores e quadrinhistas já viabilizaram seus projetos autorais sem ter que recorrer a empresas.
Marcadores:
Dicas para desenhistas,
Quadrinhos,
Webcomics
Assinar:
Postagens (Atom)